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Carta aos Efésios: todos são família de Deus. Por frei Gilvander

terça-feira, 27 de junho de 2017

8a Parte da 4a Pré-Romaria 20a Romaria, em Arinos/MG: música c artistas ...

Banners da Caravana Cultural da 20a Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais, com Carlos Farias e Wilsom Dias - Sete shows Eco-Lógico







2a Parte da 4a Pré-Romaria da 20a Romaria das Águas/Terra/MG, em Arinos...

7a Parte da 4a Pré-Romaria da 20a Romaria, Arinos/MG: crianças e Málter ...

6a Pré-Romaria da 20a Romaria das Águas/Terra/MG, em Serra das Araras, M...

No Boqueirão, em Unaí, MG, 7a Pré-Romaria da 20a Romaria das Águas/Terra...

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Convite p Show Eco Lógico c Carlos Farias e Wilson Dias, URUANA DE MINAS...

Convite p Show Eco Lógico c Carlos Farias e Wilson Dias, UNAÍ -20a Romar...

Convite p Show Eco Lógico c Carlos Farias e Wilson Dias, PARACATU-20a Ro...

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Convite p Show Eco Lógico c Carlos Farias e Wilson Dias, BONFINÓPOLIS-20...

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quinta-feira, 15 de junho de 2017

6a Pré-Romaria da 20a Romaria/Águas/Terra/MG, Serra das Araras/MG: Cícer...

Show "ECO LÓGICO" com CARLOS FARIAS e WILSON DIAS na CARAVANA CULTURAL DA 20a ROMARIA DAS ÁGUAS E DA TERRA DE MINAS GERAIS

Show  "ECO LÓGICO" com CARLOS FARIAS e WILSON DIAS na CARAVANA CULTURAL DA 20a ROMARIA DAS ÁGUAS E DA TERRA DE MINAS GERAIS

Na CARAVANA CULTURAL DA 20ª ROMARIA DAS ÁGUAS E DA TERRA DE MINAS GERAIS, em 7 shows, entre os dias 28 de junho de 2017 e 22 de julho de 2017, com participação de artistas locais, os cantores Carlos Farias e Wilson Dias apresentarão o Show musical "Eco Lógico", que busca contribuir para a disseminação de uma cultura de paz, baseada no respeito pela natureza,  nos direitos humanos universais, na justiça social, na justiça agrária e na justiça ambiental. A fonte de inspiração do show “Eco Lógico” é a Carta da Terra, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o folclore brasileiro e latino americano. Os artistas Carlos Farias e Wilson Dias também se inspiraram no tema da Campanha da Fraternidade 2017: "os biomas brasileiros e a defesa da vida", para a seleção do repertório musical. 


Formato: voz, violão, viola.
Duração: 90 minutos.
Classificação: livre

Carlos Farias e Wilson Dias são cantores e compositores mineiros com trabalhos fonográficos reconhecidos no cenário artístico nacional.
Carlos Farias é natural de Machacalís, Vale do Mucuri, MG. Dentre as suas atividades artísticas destaca-se a criação e coordenação do Coral das Lavadeiras de Almenara.
Wilson Dias é natural de Olhos D’água, Vale do Jequitinhonha, MG, e autor de vários CDs e de obra musical que o coloca como um dos principais violeiros do país.  


A CARAVANA CULTURAL da 20ª ROMARIA DAS ÁGUAS E DA TERRA DE MINAS GERAIS ecoará clamores e belezas dos povos, da mãe terra e da irmã água, que são Sujeitos de Direitos. Com o Tema: “Povos da Cidade e do Sertão Clamando por Água, Terra e Pão” e com o Lema: “Povos, Rios, Veredas e Nascentes são Dons de Deus em Romaria e Resistência”, os cantores Carlos Farias e Wilson Dias, com participação de artistas locais, apresentarão o show musical “Eco Lógico” nas seguintes cidades e datas (a partir das 19h00), entre 28/6/2017 e 22/7/2017:

CALENDÁRIO e CIDADES:

1) TRÊS MARIAS, MG: dia 28 de junho, 4ª feira;
2) PARACATU, MG: dia 29 de junho, 5ª feira;
3) JOÃO PINHEIRO: dia 30 de junho, 6ª feira;
4) BONFINÓPOLIS, MG: dia 01 de julho, sábado;
5) ARINOS, MG: dia 02 de julho, domingo;
6) URUANA , MG: dia 05 de julho, 4ª feira;
7) UNAÍ, MG: dia 22 de julho, sábado, véspera 20ª Romaria.



A Caravana Cultural da 20ª Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais é uma Promoção da Comissão Pastoral da Terra (CPT/MG), Diocese de Paracatu e Cáritas Diocesana de Paracatu. E tem o Apoio de Adveniat, Misereor, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (SEDA) do Governo de Minas Gerais, do Mandato do Deputado estadual André Quintão e das Prefeituras de Uruana de Minas e de Bonfinópolis. 

DIVULGUEM e VENHAM PARTICIPAR!

Acompanhe e divulgue a página no Facebook e também o Blog da 20ª Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais:




Caravana Cultural da 20a Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais em 7 cidades, com Carlos Farias e Wilson Dias - Show Eco lógico




terça-feira, 13 de junho de 2017

7ª pré-Romaria da 20ª Romaria das Águas e da Terra de MG, em Santo Antônio do Boqueirão, no município de Unaí, dia 11/6/2017: de romeiros de Santo Antônio a Romeiros da mãe terra e da irmã água.

7ª pré-Romaria da 20ª Romaria das Águas e da Terra de MG, em Santo Antônio do Boqueirão, no município de Unaí, dia 11/6/2017: de romeiros de Santo Antônio a Romeiros da mãe terra e da irmã água.


Entre 15 e 16h00, dia 11/6/2017, aconteceu a 7ª pré-Romaria da 20ª Romaria das Águas e da Terra de MG, em Santo Antônio do Boqueirão, no município de Unaí. Diante do Santuário Antigo de Santo Antônio do Boqueirão, os romeiros e romeiras de Santo Antônio se aglomeraram e, primeiro, ouvimos, nos deliciamos e acompanhamos um trio que cantou músicas sertanejas que falam da terra, das águas e da vida camponesa. Depois frei Geraldo D’Abadia invocou a santíssima trindade cantando em ritmo de reisado. A Bíblia foi trazida por um grupo de crianças. Ouvimos o Evangelho do Encontro de Jesus Cristo com a Samaritana em um poço (João 4), encontro inspirador e revolucionário. Frei Gilvander fez uma reflexão falando da mística e da espiritualidade da romaria das águas e da terra. A irmã Célia apresentou várias afirmações do papa Francisco a partir da Encíclica Louvado Sejas. A imagem de São Francisco, patrono da romaria das águas e da terra, foi acolhida pelos romeiros/ras. Frei Geraldo comentou: Santo Antônio é filho de São Francisco, que há 800 anos nos convida para a vivência da fraternidade universal. São Francisco de Assis já dizia: “irmã água ...”. A Imagem de São Francisco foi levada para o Santuário novo e grande, que está em construção. Uma bênção água foi feita e todos os romeiros e romeiras, tocados por uma gota de água, foram convidados a se tornarem romeiros e romeiras da mãe terra e da irmã água.
Um romeiro de Vazante, perto de Paracatu, denunciou que a mineradora Votorantin já secou mais de 10 quilômetros lá e está deixando um rastro de devastação socioambiental.
Saímos de lá com as bênçãos e as boas energias de Santo Antônio do Boqueirão e dos romeiros. Dezenas de carros de boi, na praça do carreiro, ao lado do santuário, sinalizavam a beleza e a importância de cultivarmos a cultura camponesa e com ela uma boa relação com a natureza. A biodiversidade está sendo sacrificada. O capitalismo, o agronegócio, o hidronegócio e os capitalistas estão fazendo uma enorme Sexta-feira da Paixão com a mãe terra, a irmã água e toda a biodiversidade. Eis algumas fotos que fizemos antes da pré-romaria de Santo Antônio do Boqueirão, em Unaí, no álbum em anexo.

Em tempo: Outras 4 pré-romarias acontecerão ainda antes da Celebração Final da 20a Romaria das águas e da terra de Minas Gerais em Unaí, no noroeste de MG, dia 23 de julho de 2017, das 06h00 às 17h00. São elas: 8a) Na cidade de Urucuia, pré-romaria será dia 23/6/2017; 9a) Na cidade de Três Marias, na beira do rio São Francisco haverá pré-Romaria dia 25/6/2017, das 08h00 às 13h00; 10a) Na cidade de Bonfinópolis, pré-romaria será dia 01/7/2017; 11a) Na cidade de Unaí, no bairro Chácaras do rio Preto, a 11a pré-Romaria acontecerá dia 01/7/2017 a partir das 7h30.

Um abraço fraterno e até Unaí, no noroeste de MG, dia 23/7/2017, onde acontecerá a Celebração Final da 20ª Romaria das Águas e da Terra do estado de Minas Gerais, das 06h00 às 17h00. Organize caravanas e venham celebrar, caminhar e fortalecer as lutas por direitos fundamentais em defesa da dignidade humana e da dignidade da mãe terra, da irmã água e de toda a biodiversidade.

Veja também os vídeos e textos que estão no Blog da 20ª Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais:

6ª pré-Romaria da 20ª Romaria das Águas e da Terra de MG, em Serras das Araras, no norte de Minas Gerais, no município de Chapada Gaúcha: sob as bênçãos de Santo Antônio.

6ª pré-Romaria da 20ª Romaria das Águas e da Terra de MG, em Serras das Araras, no norte de Minas Gerais, no município de Chapada Gaúcha: sob as bênçãos de Santo Antônio.


A partir das 16h00 do dia 10/6/2017, no distrito de Serra das Araras, município de Chapada Gaúcha, no norte de MG, onde está o Santuário de Santo Antônio que acolhe anualmente, na 1ª quinzena do mês de junho, uma das maiores romarias do norte e noroeste de MG, iniciamos a 6ª pré-Romaria no Rio Feio, fizemos uma Caminhada de uns 2 quilômetros, cantando “Romaria da terra faz o povo reunir, numa luta sem guerra, nós lutaremos por ti ...”
No microfone do carro de som denúncias foram feitas sobre as grandes agressões ao cerrado, às nascentes, aos córregos, veredas e rios da região, mas também foi anunciado várias resistências populares em curso. Ao Chegar ao santuário de Santo Antônio de Serra das Araras, como costume dos romeiros/as de Santo Antônio, demos três voltas ao redor do Santuário, depois um grande abraço no gramado existente diante do santuário. Várias lideranças falaram a todos/as enaltecendo a beleza e necessidade de organização do povo para em lutas coletivas defender aguerridamente o meio ambiente tão sacrificado.
Às 19h00, celebramos a missa no Santuário de Santo Antônio com as presenças de frei Gilvander, padre Tiago (pároco de Chapada Gaúcha) e do reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio de Serra das Araras, padre Joelmir Inácio, com músicas em ritmo sertanejo, músicas que alimentam nosso espírito, nosso ser. Na homilia, frei Gilvander denunciou o agronegócio, o hidronegócio e todos os projetos econômicos que usam e abusam da mãe terra e da irmã água. E conclamou todos/as os/as romeiros/ras de Santo Antônio a se tornarem também Romeiros e Romeiras da mãe terra e da irmã Água. Após a missa, um lindo show cultural com o trio sertanejo, com artistas locais, apresentações de crianças e do Terno de Rosas, de Januária, MG, que é um Grupo de Mulheres que canta, dança e nos encanta. Uma maravilha!
Funcionários do IEF (Instituto Estadual de Florestas) falaram da importância e necessidade da preservação ambiental e distribuíram mais de 500 mudas de árvores do cerrado. O povo,  com muita alegria, levou todas as mudas que serão plantadas e cultivadas para as próximas gerações.
Vários momentos foram registrados em vídeo e serão disponibilizados no youtube, no blog da 20ª Romaria, em várias páginas de facebook e em watssap.
Gratidão a todos/as que prepararam e participaram.
Em tempo: Outras 4 pré-romarias acontecerão ainda antes da Celebração Final da 20a Romaria das águas e da terra de Minas Gerais em Unaí, no noroeste de MG, dia 23 de julho de 2017, das 06h00 às 17h00. São elas: 8a) Na cidade de Urucuia, pré-romaria será dia 23/6/2017; 9a) Na cidade de Três Marias, na beira do rio São Francisco haverá pré-Romaria dia 25/6/2017, das 08h00 às 13h00; 10a) Na cidade de Bonfinópolis, pré-romaria será dia 01/7/2017; 11a) Na cidade de Unaí, no bairro Chácaras do rio Preto, a 11a pré-Romaria acontecerá dia 01/7/2017 a partir das 7h30.
Um abraço fraterno e até Unaí, no noroeste de MG, dia 23/7/2017, onde acontecerá a Celebração Final da 20ª Romaria das Águas e da Terra do estado de Minas Gerais, das 06h00 às 17h00. Organize caravanas e venham celebrar, caminhar e fortalecer as lutas por direitos fundamentais em defesa da dignidade humana e da dignidade da mãe terra, da irmã água e de toda a biodiversidade.

Veja também os vídeos e textos que estão no Blog da 20ª Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais:

5ª pré-Romaria da 20ª Romaria das águas e da terra de MG, em Paracatu, MG, dia 10/6/2017: CENTENAS DE PESSOAS OCUPAM AS RUAS DE PARACATU POR ÁGUA E POR TERRA PARA TODOS.

5ª pré-Romaria da 20ª Romaria das águas e da terra de MG, em Paracatu, MG, dia 10/6/2017: CENTENAS DE PESSOAS OCUPAM AS RUAS DE PARACATU POR ÁGUA E POR TERRA PARA TODOS.


No dia 23/7/2017, acontecerá a 20ª Romaria das Águas e da Terra em Unaí MG, sob coordenação da Cáritas Diocesana de Paracatu e da CPT - Comissão Pastoral da Terra. Como preparação para este evento, os municípios da diocese estão organizando pré-romarias para debater conflitos locais e mobilizar os romeiros e os movimentos sociais para enfrentar as causas da escassez de água e a concentração de terras.
Em Paracatu, a pré-romaria aconteceu no sábado (10/06) e mobilizou centenas de pessoas, com a participação de militantes de movimentos sociais, fiéis católicos, evangélicos, professores e alunos da rede estadual. A caminhada contou com o apoio da superintendente regional de ensino, Núbia André, do Padre Régis, do Padre Preguinho e da Pastora Anita, da Igreja Luterana, do Levante Popular da Juventude, das escolas estaduais e da COOPERCICLA. No final da caminhada foi realizado um ato e apresentações culturais.

No ato, o presidente da Cáritas Diocesana de Paracatu, Udelton da Paixão, apontou as graves conseqüências da devastação do cerrado, conseqüência de atividades altamente poluidoras como o agronegócio e a mineração. Segundo Udelton, a Cáritas vai continuar denunciando o uso insustentável da água por esses e outros agentes econômicos. Udelton ainda defendeu um novo modelo que não coloque o lucro como único objetivo de uma atividade econômica e que a preocupação socioambiental seja prioridade. 

4ª PRÉ-ROMARIA DA 20ª DAS ÁGUAS E DA TERRA de MG, em ARINOS, MG, dia 09/6/2017: uma bênção espiritual, ética, política e profética!

4ª PRÉ-ROMARIA DA 20ª DAS ÁGUAS E DA TERRA de MG, em ARINOS, MG, dia 09/6/2017: uma bênção espiritual, ética, política e profética!


Idealizada, gestada e gerida por uma equipe formada por pessoas de boa vontade, juntamente com o Pároco, Padre Mauro e sob sua coordenação, a 4ª pré-Romaria da 20ª Romaria das Águas e da Terra do estado de Minas Gerais aconteceu em Arinos, MG, no Noroeste Mineiro (Diocese de Paracatu), no dia 09 de junho de 2017. Com uma significativa participação, a 4ª pré-Romaria foi uma bênção espiritual e profética. Quem participou se humanizou um pouco mais. Quem não foi perdeu.
As pré-Romarias são uma estratégia com o objetivo de levar ao conhecimento da sociedade do Município a realidade local do meio ambiente, como nível de devastação, ações concretas de preservação já empreendidas; é também uma grande oportunidade de se debater e encontrar meios (caminhos) para desenvolver ações que visem à recuperação de áreas degradadas e à preservação das áreas ainda preservadas.
Neste sentido, Arinos, por meio das lideranças que atuam junto à Igreja Católica, forças vivas das comunidades urbanas e rurais, demonstrou uma capacidade de organização e dinamismo muito grande, envolvendo representantes não só ligados diretamente à Igreja, como também diversos representantes de Órgãos Públicos e entidades, bem como diversas lideranças das comunidades rurais, em um esforço concentrado visando à realização de um evento que, mais uma vez, ficasse registrado na história, assim como as duas Romarias da Terra pregressas, realizadas aqui no município de Arinos, nos anos 1991 e 1993.
A comissão organizadora realizou algumas reuniões em preparação ao evento, realizando algumas ações, entre as quais destaca-se: Exposição, no Salão Paroquial da Matriz, de fotografias dos rios do município de Arinos, tais como: Rio Claro, Rio Urucuia, Rio Pacari, Ribeirão da Areia, etc.
Na 4ª pré-Romaria da 20ª Romaria aconteceu uma mística e espiritualizada da caminhada, tendo como ponto de partida a Barragem José Moreira de Souza (barragem de cima da Vereda Vaca), passando pela pontinha da referida Vereda, daí, seguindo até à Igreja Matriz, cerca de 4 quilômetros, contando com a participação do Padre Mauro, Frei Gilvander  e de representantes de diversas comunidades rurais, tais como: Vila Bom Jesus (Igrejinha), Caiçara, Mimoso, Boqueirão, Chico Mendes, Mangues e Paulo Freire.
Na Igreja Matriz, houve a esperada celebração da Missa Sertaneja, concelebrada pelos Padres Preguinho, Mauro, Benedito e Frei Gilvander, com toda ornamentação identificada pela Água e Terra, com cânticos sertanejos adaptados para o tema da Romaria, sendo esta uma bênção à parte. Em seguida, houve a também muito esperada NOITE CULTURAL, com apresentação de peças teatrais, por alunos(as) das escolas estaduais e Escola Municipal João Gontijo Ferreira (Xote Ecológico), do CESEC Afonso Arinos (Da terra que tira o sustento), mais
músicas sobre água, terra (apresentações de Gabriela, Manoel Delci, Malter e filhos, Roney, Edinho). Muita música da melhor qualidade e também houve as barraquinhas, com comidas típicas da nossa região.
Os comentários dos participantes dão conta que ficaram admirados do grau de conscientização e espiritualidade que a pré-Romaria despertou, gerando assim um compromisso muito maior pela sua continuidade, enfim...
Durante a Caminhada da 4ª pré-Romaria, em Arinos, foi distribuído uma Manifesto em defesa da irmã água, da mãe terra, do meio ambiente e da partilha e socialização da mãe terra. E frei Gilvander registrou em vídeos vários momentos que serão disponibilizados no you tube, no face em várias páginas e no Blog da 20ª Romaria das águas e da terra de MG.
Em tempo: Outras 4 pré-romarias acontecerão ainda antes da Celebração Final da 20a Romaria das águas e da terra de Minas Gerais em Unaí, no noroeste de MG, dia 23 de julho de 2017, das 06h00 às 17h00. São elas: 8a) Na cidade de Urucuia, pré-romaria será dia 23/6/2017; 9a) Na cidade de Três Marias, na beira do rio São Francisco haverá pré-Romaria dia 25/6/2017, das 08h00 às 13h00; 10a) Na cidade de Bonfinópolis, pré-romaria será dia 01/7/2017; 11a) Na cidade de Unaí, no bairro Chácaras do rio Preto, a 11a pré-Romaria acontecerá dia 01/7/2017 a partir das 7h30.
Um abraço fraterno e até Unaí, no noroeste de MG, dia 23/7/2017, onde acontecerá a Celebração Final da 20ª Romaria das Águas e da Terra do estado de Minas Gerais, das 06h00 às 17h00. Organize caravanas e venham celebrar, caminhar e fortalecer as lutas por direitos fundamentais em defesa da dignidade humana e da dignidade da mãe terra, da irmã água e de toda a biodiversidade.
Veja também os vídeos e textos que estão no Blog da 20ª Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais:

MANIFESTO da 4ª PRÉ-ROMARIA da 20ª ROMARIA DAS ÁGUAS E DA TERRA DE MINAS GERAIS, em ARINOS, dia 09/6/2017.

MANIFESTO da 4ª PRÉ-ROMARIA da 20ª ROMARIA DAS ÁGUAS E DA TERRA DE MINAS GERAIS, em ARINOS, dia 09/6/2017.


BREVE HISTÓRICO DAS ROMARIAS DA TERRA NO NOROESTE de MG.
         A 1ª Romaria da Terra do noroeste de Minas Gerais, Diocese de Paracatu, aconteceu no Município de Arinos, na Fazenda Menino, distrito de Igrejinha, em 25/7/1991, após os posseiros Januário Emídio dos Santos e José Natal Romão terem sido assassinados dia 14/11/1990, de emboscada, enquanto trabalhavam na carvoeira, na posse deles. Devido a esse fato, foi organizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), pelas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Sindicatos de Trabalhadores Rurais (STRs), Padres e lideranças comprometidas com a luta por justiça social e agrária, sendo esta o início das Romarias da Terra no Noroeste de Minas Gerais.
         A 2ª Romaria da Terra, também organizada pelas forças vivas que organizaram a primeira Romaria, aconteceu na cidade de Arinos, na praça ao lado da Prefeitura, dia 25/7/1993, reunindo milhares de pessoas, de várias regiões do Estado de Minas Gerais, numa celebração cheia de espiritualidade profética e libertadora. O grande clamor à época era por terra, uma vez que a mãe terra estava concentrada nas mãos de poucos, enquanto centenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras não a tinham, vivendo como empregados e/ou agregados, sob o mando dos patrões, donos dos latifúndios.
         Com a conquista da terra, porém, com a escassez hídrica, o clamor dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais passou a ser por ÁGUA, uma vez que a irmã água, fonte de vida, é fundamental para a permanência dos/as camponeses/as na área rural, produzindo para a sua sobrevivência, de sua família e para alimentar também o povo da cidade.
         Assim, na data de 26 de outubro de 1996, aconteceu a 1ª Romaria das Águas e da Terra, já em nível de Estado de Minas Gerais, na Diocese de Januária, na cidade de Manga, região Norte de Minas Gerais, tendo sido o padre João Délcio o anfitrião dessa 1ª Romaria. A Romaria das Águas e da Terra do estado de Minas Gerais busca a reflexão sobre os problemas atuais, envolvendo o povo do campo e da cidade e são realizadas, geralmente, em locais onde estão acontecendo algum conflito relacionado à disputa pela terra ou por água.

20ª ROMARIA DAS ÁGUAS E DA TERRA DE MINAS GERAIS, NO NOROESTE, EM 2017.

         Este evento religioso, reflexivo e de compromisso ético e cristão deste ano foi acolhido pela Diocese de Paracatu, pelo Bispo Dom Jorge e terá a Celebração Final na cidade de Unaí, MG, no parque de exposições, na data de 23 de julho de 2017, das 06h00 às 17h00, sob a promoção da CPT (Comissão Pastoral da Terra), da Cáritas Diocesana de Paracatu, das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), da Pastoral da Criança, dos Movimentos de Pequenos Agricultores e Agricultoras, do Movimento dos(as) Atingidos(as) por Barragens (MAB), alguns Sindicatos dos (as) Trabalhadoras (es) Rurais, do Levante Popular da Juventude, do MST, dos Quilombolas e outros movimentos populares.
         O Tema da 20ª Romaria das Águas e da Terra de MG é: POVOS DA CIDADE E DO SERTÃO, CLAMANDO POR ÁGUA, TERRA E PÃO. E o Lema: POVOS, RIOS, VEREDAS E NASCENTES SÃO DONS DE DEUS EM ROMARIA E RESISTÊNCIA.
  Por que foi escolhido o Município de Unaí? Os municípios de Unaí e Paracatu são os campeões do Brasil em número de pivôs de irrigação e em área irrigada. Juntos, somam mais de 120.903 mil hectares irrigadas (Dados da ANA, 2014). Um Unaí, em 2104, havia 663 pivôs irrigando 61.151 hectares de lavouras. Em Paracatu, em 2014, havia 882 pivôs irrigando 59.752 hectares de lavoura. O exagero de agrotóxico jogado na agricultura empresarial tem causado uma “epidemia” de câncer, alzheimer e outras doenças. O Município de Unai-MG tem hoje a maior área de terras irrigada do Brasil, com mais de 70 mil hectares. Isto está causando forte impacto socioambiental, secando rios, córregos, nascentes, veredas e a extinção do bioma cerrado, considerado a esponja das águas.

4ª PRÉ-ROMARIA da 20ª ROMARIA DAS ÁGUAS E DA TERRA DE MG, em ARINOs, MG.

         É um evento menor que está sendo realizado em vários dos 14 municípios da Diocese de Paracatu e tem como objetivo refletir sobre a realidade socioambiental local e mobilizar a sociedade civil organizada, do campo e da cidade, para participar do evento maior em Unaí, dia 23/7/2017.
         Por que foi escolhida a Vereda Vaca, especialmente a Barragem José Moreira de Souza e a Pontinha da Vereda, como pontos de partida e parada intermediária, antes de se chegar à Igreja Matriz? Exatamente porque esta vereda, que é tombada por lei municipal como patrimônio histórico, artístico, paisagístico e cultural, tão importante para o micro-clima de Arinos, está sendo destruída, sob os olhares de nossas autoridades, entidades e da sociedade arinense, que por sua vez, de braços cruzados, assistem a tudo, como se nada estivesse acontecendo.
         No ano 2012, a Vereda Vaca sofreu com incêndio com grande potencial de destruição, na altura do Bairro Frei Pio, sendo controlado com a intervenção do Sargento Ferreira e de diversos(as) voluntários(as), lutando bravamente até quase a meia noite; no ano de 2016, outro incêndio, desta feita na atura da pontinha, destruindo boa parte dos buritizais e da vegetação; no final do ano 2016, a Vereda Vaca agonizou-se durante longos 48 (quarenta e oito) dias, com um volume enorme de esgotos, sem tratamento, sendo lançado na altura da referida pontinha, próximo à Prefeitura, destruindo boa parte da Vereda, contaminando-a.
         Os reatores da ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) não estão funcionando há mais de 02 (dois) anos, cujos esgotos da Cidade de Arinos estão sendo lançados a céu aberto, numa várzea, no final da Vereda Vaca, causando, dentre outras consequências, concentração de insetos e um mau odor insuportável à população da Rua Minas Gerais e adjacências.  Por isto e muito mais, pelo que a Vereda Vaca representa para nós, arinenses, que amamos esta terra, é que foi escolhido este importante bioma para nossa reflexão/ação.
         Aliás, por se falar em bioma, a Campanha da Fraternidade deste ano – 2017 -, promovida pela CNBB, traz como Tema Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, tendo como Lema “Cultivar e guardar a Criação” (Gênesis 2,15). Ano passado, o Papa Francisco sugeriu e a CNBB acolheu como Tema: “Casa comum, nossa responsabilidade” e como Lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Amos 5,24).
         Os nossos rios estão com o volume d’água super-reduzido, como, por exemplo, o Rio Pacari, afluente do Rio Claro, que é afluente do Rio Urucuia, está secando em épocas jamais visto, devido ao desmatamento, à monocultura de eucalipto (milhares de hectares) próximo à sua nascente/cabeceira; o Rio São Gonçalo, afluente do Rio Piratinga, que por sua vez é afluente do Rio Urucuia, está secando, devido ao desmatamento na sua cabeceira/nascente, provocando o assoreamento e também devido ao pisoteio constante de gado em seu leito. O Rio Claro também está secando, porque a empresa Sidersa e outros plantaram milhares de hectares de eucalipto próximo as nascentes do rio Claro.
         Assim, diversos rios, riachos, córregos, nascentes, veredas, etc., estão agonizando, pedindo socorro ou já morreram, vítimas de queimadas, do capitalismo e dos capitalistas, que não levam em conta o ser, e sim, o ter.
         Portanto, caríssimos irmãos e irmãs, vamos nos conscientizar da gravidade do problema socioambiental, temos que ter responsabilidade ambiental e geracional. Nossa missão é cuidar de toda a criação e não devastar.
         Eis algumas boas maneiras que contribuem para a preservação do meio ambiente: tomar banho o mais rápido possível, reaproveitar a água que lava as roupas, captar água da chuva para molhar plantas ou outras finalidades, fechar a torneira da pia enquanto escovar dentes ou barbear, verificar se há vazamentos em casa, evitar a queima do lixo, não jogar plástico no ambiente, não jogar objetos não biodegradáveis às margens de rodovias e ruas, dentre outras ações.

         Veja também os vídeos e textos que estão no Blog da 20ª Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais:



Um abraço fraterno e até Unaí, no noroeste de MG, dia 23/07/2017, para a Celebração Final da 20ª Romaria das Águas e da Terra de MG.

terça-feira, 6 de junho de 2017

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sábado, 3 de junho de 2017

Sons de Minas | Carlos Farias

Palavra Ética com Gilvander Moreira | Gilberto Teixeira - Programa 2

Palavra Ética com Gilvander Moreira | Gilberto Teixeira - Programa 1

No Brasil, quem gera violência e quem a combate? Por frei Gilvander

No Brasil, quem gera violência e quem a combate?
Por frei Gilvander Luís Moreira[1]



Em junho de 2013, nos primeiros dias dos justos e necessários protestos na capital de São Paulo, do Movimento Passe Livre, a TV gLobo e a mídia em geral rotularam inúmeras vezes os manifestantes de vândalos, Black bloc e arruaceiros, atitude criminalizadora. Dia 15 de maio de 2017, em Brasília, as forças policiais do Estado brasileiro reprimiu, com requintes de crueldade, mais de 200 mil pessoas que protestavam legitimamente contra os desmontes das leis trabalhistas e previdenciárias, exigiam Fora Temer e cobraram Diretas já. A frase inicial nos jornais televisivos era: “A manifestação começou pacífica, mas terminou em violência”. E a partir daí mostravam cenas selecionadas para induzir o povo a pensar que de fato se tratava de ações de violentos.
Em junho de 2013, quando as manifestações se espalharam pelo país, a mídia começou a fazer uma distinção: “O movimento é pacífico, mas tem uns vândalos no meio que promovem quebradeira”. Os donos do poder midiático, principal “partido” no Brasil, querem domesticar a classe trabalhadora e o campesinato, além de manietar as manifestações somente a “paz e amor”, o que não estremecerá o status quo podre do sistema capitalista, ora vigente no Brasil. É hora de resgatarmos a história a partir dos oprimidos e fazermos algumas reflexões.
Quem eram os Povos Vândalos? “Os Vândalos eram um povo germânico oriental que penetrou no Império Romano durante o século V e criou um estado no norte da África ocupando a cidade de Cartago, antiga cidade fenícia que fora ocupada pelos romanos desde o fim das Guerras Púnicas. A localização de Cartago às margens do Mediterrâneo era estratégica para os Vândalos. Ali centralizaram seu Estado, e logo após se estabelecerem, saquearam Roma no ano de 455”[2].
“Ao longo da marcha para o oeste, os Vândalos atingiram a margem do Danúbio e alcançaram o rio Reno, onde entraram em combate com os francos. Aproximadamente vinte mil vândalos morreram no choque entre esses dois povos, sendo que os francos só foram derrotados quando os alanos entraram no combate para auxiliar os vândalos. Em ações ousadas, os Vândalos saquearam Roma durante duas semanas no ano de 455 e foram capazes de resistir ainda a uma frota enviada pelo Império Romano para combatê-los”[3].
Portanto, a história demonstra que os Vândalos eram um povo digno que lutou aguerridamente contra o imperialismo romano. Logo, não é justo criminalizar os Vândalos e acusá-los de violentos. Eles lutavam por direitos.
Ontem, o império romano. Hoje, o império do capital, liderado pelos capitalistas. Assim como os Vândalos lutavam contra a opressão do Império Romano, hoje milhões de brasileiros, nas ruas, lutam não apenas por migalhas, mas por direitos. Vândalos, hoje, são os que revelam a infinita indignação que toma conta do povo diante da superexploração da dignidade humana e de toda a biodiversidade e diante de um Estado cúmplice do sistema do capital e dos capitalistas. Em junho de 2013, a revolta iniciou com a luta por transporte público de qualidade e foi somada a inúmeras pautas populares pelas ruas do Brasil. A luta segue e irá muito longe. Não se encerrará sem a superação do modelo econômico e político que desgoverna o Brasil e esfola a classe trabalhadora, a classe camponesa, a mãe terra, a irmã água e toda a biodiversidade.
Quem são os violentos hoje no Brasil? Nunca devemos esquecer o alerta de Bertold Brecht que diz: "Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem". Rotular é tentar invisibilizar e mais: rotular e criminalizar são retóricas do poder. É preciso sempre buscar as causas profundas que geram os conflitos.   Em uma sociedade que a corrupção é apenas a ponta do iceberg da superexploração que o capitalismo e os capitalistas, com as empresas cada vez maiores e transnacionais perpetram contra o povo, tendo um Estado cúmplice da classe dominante violentos são:
a)   Os políticos, salvo raras exceções, que não representam o povo, mas, via de regra, defendem interesses de grandes empresas e latifundiários;
b)   Os juízes do Poder Judiciário que não respeitam os princípios constitucionais de respeito à dignidade humana, republicanismo, função social da propriedade, criminalizam os movimentos sociais populares e absolutizam o direito a propriedade para apenas alguns. Julgam como se ainda estivéssemos sob os ditames da Constituição de 1924, a que prescrevia direito absoluto a propriedade;
c)   Os administradores públicos, promotores e juízes que abarrotam as prisões, verdadeiros campos de concentração, jogando lá somente os pobres, negros e jovens;
d)   Os grandes empresários que lucram, roubam e saqueiam a  classe trabalhadora pagando míseros salários e, com intensificação do trabalho e do produtivismo, arrebentam com a saúde dos trabalhadores, empurrando-os para a via crucis do SUS que é mantido, de propósito, na UTI para que grandes empresas dos planos de saúde acumulem um exagero de capital;
e)   As grandes mineradoras que, como em Conceição do Mato Dentro, MG, causam uma devastação socioambiental sem precedentes na história. Com coração de pedra, vão dizimando as nascentes de água e deixando para trás terra arrasada: crateras e um rastro de destruição;
f)    Os grandes empresários do transporte público privatizado que lucram bilhões carregando o povo trabalhador como se esse fosse gado para ser transportado em condições indignas e por preço que esfola o povo diariamente;
g)   os banqueiros que cometem cotidianamente o pecado da usura e especulando com o dinheiro do povo engordam seu poder econômico à custa de muito sangue humano;
h)  Os latifundiários que não cumprem a função social da propriedade e seqüestram a terra em poucas mãos gananciosas expulsando milhões de camponeses para as periferias das cidades;
i)    Os dirigentes da classe dominante que há séculos vêm pisando, humilhando e violentando a classe trabalhadora e a classe camponesa. Eis um exemplo: na época da escravidão formal, um cortador de cana cortava de três a quatro toneladas de cana por dia. Hoje, um bóia-fria dos canaviais paulistas corta de doze a quatorze toneladas por dia. Por isso, de 2004 a 2006, mais de vinte trabalhadores morreram por exaustão no trabalho.

É contra esses violentos que a classe trabalhadora e camponesa se rebelam e estarão nas ruas até que seus direitos sejam conquistados e efetivados. A luta é por justiça social, por justiça agrária, por justiça ambiental e por direitos humanos. Feliz quem dela participar e também contribuir para que espertalhões de plantão não venham golpear o povo já tão oprimido, mas que está se levantando.
Resistir não é violência, é legítima defesa. Diante de qualquer tirania e de um Estado violentador, cúmplice do sistema capitalista que sempre tritura vidas e pratica injustiças, é dever ético das pessoas resistir contras as opressões perpetradas contra os/as trabalhadores/ras e camponeses/sas. O Evangelho de Lucas, em Lc 22,35-38, sugere desobediência civil – econômica, política e religiosa -, ao propor: “quem não tiver espada, venda o manto e compre uma” (Lucas 22,36). Em uma sociedade estruturalmente desigual, esse é o “outro caminho” proposto pelo Evangelho de Mateus (Mateus 1,12) a ser seguido por nós, discípulos e discípulas de Jesus, o rebelde de Nazaré.
Os quatro evangelhos da Bíblia[4] relatam que Jesus, próximo à maior festa judaico-cristã, a Páscoa, impulsionado por uma ira santa, ocupou o templo de Jerusalém -, o que, metaforicamente, representaria hoje, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o conglomerado da mídia brasileira - e expulsou os promotores de injustiça e de violência que lá se encontravam. Como todo profeta, ao descobrir que a instituição tinha transformado o templo em uma espécie de Banco Central do país + bancos + bolsa de valores, Jesus fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e bois, destinados aos sacrifícios. Derramou pelo chão as moedas dos cambistas e virou suas mesas. Aos que vendiam pombas (eram os que diretamente negociavam com os mais pobres porque os pobres só conseguiam comprar pombos e não bois), Jesus ordenou: “Tirem estas coisas daqui e não façam da casa do meu Pai uma casa de negócio” (João 2,16). Portanto, importante ter bem claro quem gera violência e quem a combate neste país.

Belo Horizonte, MG, Brasil, 03 de junho de 2017.




[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália; doutor em Educação pela FAE/UFMG; assessor da CPT, CEBI, SAB e Movimentos Populares Urbanos de luta por moradia; e-mail: gilvanderlm@gmail.com –www.freigilvander.blogspot.com.br -  www.gilvander.org.br  – www.twitter.com/gilvanderluis  – Facebook: Gilvander Moreira III
[3] Antônio Gasparetto Júnior. In: http://www.infoescola.com/povos-germanicos/vandalos  , acesso em 21/6/2013.
[4] Mateus 21,12-13; Marcos 11,15-19; Lucas 19,45-46 e João 2,13-17.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

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